Memorial
Reflexivo
CURSO DE EXTENSÃO “GDE – GÊNERO E DIVERSIDADE NA ESCOLA”
TAREFA DE ENCERRAMENTO: MEMORIAL REFLEXIVO
O PRIMEIRO CONTATO
COM A PLATAFORMA MOODLE
Wagner Feitosa Avelino
Julho/2011
Neste primeiro momento
irei abordar o conceito sobre o Memorial Reflexivo, respaldado pela leitura
sugerida: Formação de Educadores à distância e integração de mídias e com meus
conhecimentos prévios. Acredito que o memorial reflexivo é um instrumento
importantíssimo para a auto-avaliação, tanto para o aluno quanto para o
professor, ao qual é um espaço para registros, desvendar conceitos, ampliar sua
argumentação e principalmente para apontar as dificuldades encontradas.
Lembrando que as dificuldades encontradas no curso e depois expostas no
memorial, pode ser subsídios para o professor (tutor) rever seus conceitos como
didática e aperfeiçoar as defasagens para os próximos alunos de Educação a
Distancia. Portanto, “é um processo que
permite resgatar o passado, compreender melhor o presente e planejar o futuro”
segundo (Valente; Bianconcini, 2007, p. 86).
Ao fazer uma reflexão do Curso de
Extensão “GDE- Gênero e Diversidade na Escola” posso descrever naturalmente um
grande elogio pela estrutura e organização do mesmo. Inicialmente confesso uma
insegurança, por não conhecer a Plataforma Moodle e conseqüentemente suas
ferramentas. Mas, o primeiro contato com as ferramentas e já sendo a primeira
atividade “conhecer o Ambiente Moodle”
foi muito bom, pois ao conhecer o ambiente do curso as atividades foram
desvendadas facilmente.
Quero destacar outro ponto positivo do
curso, que de na minha óptica, fez grande diferença. A apresentação pessoal,
que marca uma segunda tarefa sem aquela obrigatoriedade tensa que leitura e
interpretação pessoal. Ao ler o perfil de cada participante e conhecer os
colegas de curso, pode perceber que o grupo tem uma homogeneidade e ao mesmo
tempo estão ligados pela aprendizagem do curso de Educação a Distância.
Entretanto, ao observar os interesses de conhecimentos, todos os participantes
buscam conhecer as ferramentas necessárias para dar continuidade dos estudos,
conseguirem uma oportunidade de trabalho e principalmente fazerem parte da
revolução tecnológica que passa a educação contemporânea.
Ao navegar pelo Ambiente Moodle,
encontrei um texto que me chamou a atenção: A Modalidade - "Educação a
Distância" de autoria da Tutora Profa.
Esp. Fabiana Marques Costa. E ao fazer esta leitura, me fez lembrar o curso em
que minha esposa fez na Modalidade a Distância. Ao qual o texto é muito
real, com atividades cotidianas, pois a dedicação aos estudos e a organização
ao tempo tem que ser bem administrado. Portanto, quem não o fizer terá
dificuldades em concluí-lo.
Para que o aluno obtenha sucesso nesta modalidade de ensino, deve-se
estar atento a dois fatores de fundamental importância, um deles é o
comprometimento do aluno em interagir e colaborar, compartilhando conhecimento
com os colegas e professores por meio de ferramentas de comunicação como fóruns
de debates, correio ou listas de discussão, bate papos (chat); o segundo fator
é a organização do tempo para estudar, isto é, a seriedade em administrar seu
tempo de estudos (RAMOS;
COSTA, 2006).
Ao conhecer e
aprofundar no Ambiente Moodle, o mérito desta descoberta pode ser dado
justamente à indicação da leitura do livro, Moodle: estratégias pedagógicas e
estudo de caso, organizado por Lynn Alves, Daniela Barros e Alexandra Okada. E
o capítulo que prevaleceu foi: Moodle: Moda, mania ou Inovação na Formação. Que
a meu ver posso destacar que o Moodle não é moda nem mania e sim uma inovação
na formação com estratégias pedagógicas importantíssima. Pois, esta plataforma
tem um intuito de colaborar saberes com seus usuários e também vem criando
novas faces para uma comunidade aberta. Lembrando que a intenção é socializar
leituras e experiências, possibilitando a abertura de novos caminhos de
interação pedagógica com o ambiente. Além do mais, a Moodle apresenta-se como
um projeto de apoio ao construtivismo social na educação em que o aluno
participe na resolução de problemas, utilizando o pensamento critico sobre as
atividades de aprendizagem significando a construção do seu próprio
conhecimento, já para o educador o papel fica por conta de facilitador,
orientador, aprendiz ou tutor.
Acredito que
ferramentas como essa, podem revolucionar a educação, pois os jovens da
atualidade, estão acompanhando o crescimento das tecnologias e conseqüentemente
encontrarão facilidades com a prática desta plataforma.
Após fazer a leitura
minuciosa deste texto me chamou a atenção pela fala e conceito de e-moderador
de Salmon (2000) que diz que:
o principal papel do e-moderador
consiste em promover o envolvimento dos participantes de forma que o
conhecimento por eles construído seja utilizável em novas e diferentes
situações, ou seja, experiências colaborativas de aprendizagens. (p.39)
É de suma importância relatar a
discussão de outro capitulo do livro Moodle: estratégias pedagógicas e estudo
de caso, organizado por Lynn Alves, Daniela Barros e Alexandra Okada, que
abordou sobre: A interface glossário do Moodle e construção interativa de
conteúdos abertos em curso online. Após a leitura minuciosa deste capitulo, pude
perceber que, o professor pode controlar as informações disponíveis no
ambiente, selecionando e disponibilizando material para os alunos, e que as discussões permitem que o
professor saiba que tipo de informações os alunos estão buscando fora dos cursos,
para crescimento intelectual dos mesmos. De acordo com os autores deste
capitulo, é importante ter uma ferramenta glossário de verbetes, com sentidos
reais e subjetivos das palavras, e no contexto da Educação a Distância. Mas, é
necessário que esta ferramenta seja bem definida para ampliar as discussões e
debates.
A Plataforma Moodle,
apresenta grandes variedades de ferramentas e isso ajuda no olhar pedagógico,
tanto para o aluno quanto para o professor (tutor). E para confirmar essa
tese, a construção do saber pode ser discutida amplamente por todos os
participantes, o que não diferencia dos métodos tradicionais educacionais.
Buscar "soluções" pedagógicas dependerá das ferramentas da
plataforma e principalmente dos participantes que interagem nas atividades,
aprendendo e ensinando com as leituras propostas juntamente com seus argumentos
pessoais. Portanto, o olhar pedagógico do curso está inteiramente ligado na
dinâmica do curso e de suas ferramentas, encontrados na Plataforma Moodle.
Sobre a Interface do
Glossário, acredito que acaba sendo mais uma das muitas ferramentas de apoio do
curso de Educação a Distância, para ampliar a interação dos demais
participantes. Sobre a construção interativa, a ferramenta EASY, foi
projetada com o objetivo de maximizar a interação e acessibilidade aos cursos
realizados no Moodle, marcando o diferencial para aqueles que lêem e interagem
com os integrantes participantes e tutores do curso EAD. Com isso,
gostaria de abordar a importância do curso a distância nos padrões da Plataforma
Moodle, dentro do contexto educacional atual. Pois, na correria do dia a dia, o
aluno e o professor (mediador) necessitam administrar suas tarefas e
conseqüentemente ter amplos conhecimentos, no sentido de leituras
com os depoimentos dos colegas de curso e principalmente dos textos
propostos para a leitura, marcando positivamente a chamada: Era da Educação a
Distância” dentro do capitalismo exagerado.
Outro texto sugerido
que merece destaque no curso, foi o que abordou os Conceitos de Educação a
Distância e o Material Complementar: Conhecer perfil do aluno, Netiqueta e
Direitos Autorais. Como
historiador, gostei muito sobre o breve relato da historicidade da Educação a
Distância. Os meus conhecimentos estavam limitados a partir da década de 70 e
no Brasil, com o curso de correspondências do Instituto Universal Brasileiro.
Mas, ao ler este texto, consegui fazer uma grande viagem no tempo histórico
iniciando no século I com as Cartas Paulinas. O interessante é que ao analisar
o livro de Atos dos Apóstolos na Bíblia, havia interpretações diferentes dos
cristãos em varias regiões que as cartas chegavam e o apostolo Paulo e Barnabé
e depois com Timóteo, tinham que fazer visitas para esclarecer as dúvidas dos
novos convertidos. Fico imaginando se tivesse um curso como este totalmente
on-line, o quanto o apostolo Paulo teria economizado de tempo em suas viagens e
expandido ainda mais suas pregações. Durante a Idade Média a escrita ficou
restrita a Igreja Católica, Reis, Rainhas e algumas poucas pessoas que
conheciam os manuscritos, algo muito raro. Por isso, os estudos nesta época
podem ser considerados os mais difíceis, lembrando que as estradas eram
saqueadas por ladrões ou mesmo por grupos religiosos (Império Turco Otomano).
Hoje pode relacionar com problemas na conexão da rede (internet), enviar um
e-mail e este não chegar a seu destino. Tudo começa a ter outro viés com as
fases da Revolução Industrial (primeira, segunda e a terceira), com a
necessidade de ampliar a produção e a especialização da mão-de-obra obra
qualificada e os cursos começam a se multiplicar pelo mundo, ou seja, a
educação técnica com objetivos únicos (aumentar a produção no sistema
capitalista)
A modalidade de Educação a Distância
me chama muita a atenção, a distância que se encontram professores e alunos,
pelos fóruns, chats e atividades correspondidas pelos alunos, tendo uma
reciprocidade entre mestre e alunos. Segundo Freeman (2003), há vantagens que
também concordo que é:
A acessibilidade - possibilidade de chegar a lugares geograficamente
distantes; Atividades assíncronas - não há horário marcado, o aluno pode
estudar dentro de seu cronograma de estudos; Interatividade na comunicação –
conhecer novas pessoas, aumentando sua rede de relacionamentos profissionais;
Integração ativa da educação com a vida profissional. (p. 50)
Portanto, a Educação a
Distância conquista cada vez mais espaço em escolas e universidades devido suas
vantagens indo de encontro às necessidades de pessoas que não encontram tempo
para saírem de casa para fazer um curso, mas acredito que a dedicação e tempo
um aluno da Educação a Distância deve administrar.
O texto sugerido para
leitura no livro Moodle: estratégias pedagógicas e estudo de caso, organizado
por Lynn Alves, Daniela Barros e Alexandra Okada, buscou abordar o sentido de
aprofundar no conhecimento dos estilos de aprendizagens para o ambiente de
aprendizagem Moodle. Ao analisar inicialmente os conceitos de Alonso e Gallego,
ao qual se destacam no texto, pode-se perceber os vários estilos de
aprendizagem: o ativo, o
reflexivo, o teórico e o pragmático que está ligado a preferências e tendências
altamente individualizadas de uma pessoa que faz um curso a distância, e que
influenciam em sua maneira de apreender um conteúdo. É de suma importância
salientar que os próprios autores abordam o não objetivo medir os estilos de
cada indivíduo e posteriormente rotulá-los de forma estagnada. Mas a
importância de identificar o estilo de maior predominância na forma que cada um
deve aprender e, com isso, elaborar o que é necessário desenvolver nesses
indivíduos, em relação aos outros estilos não predominantes, ou seja, analise
como educador no cognitivo.
Para provar na prática
a minha satisfação com o curso, ao ler o Material Complementar do Módulo 2 –
Conceitos de Educação a Distância. Deparei-me com o Significado dos “emoticons” e sua utilização. Sempre
questionei: onde os jovens conseguiam estes símbolos para se comunicarem nos
sites de relacionamentos? E quem inventou estes símbolos? Com isso, percebi
que, para estar se comunicando com a mesma fala tem que estar sintonizado com
os mesmos “emoticons”.
Portanto, para
concluir, não posso deixar de parabenizar todos os participantes do curso, ao
qual de uma forma ou de outra leu, respondeu, argumentou e defendeu suas
opiniões e isso enriqueceu e muito a interação de todos. Mas, se falando de mim
mesmo, posso dizer que ampliou e muito meus conhecimentos sobre o Curso de
Educação a Distância e sobre as ferramentas da Plataforma Moodle.
REFERENCIAL TEÓRICO
ALONSO, C. M.; GALLEGO, D. J.; HONEY, P. Los estilos
de aprendizaje: procedimientos de diagnóstico y mejora. Madrid: Mensajero,
2002.
FREEMAN, R.. Planejamento de sistemas de educação à
distância: Um manual para decisores. Trad.
Walter Ambrósio. Canadá: Commonwealth of Learning, 2003.
José Armando Valente, Maria Elizabeth Bianconcici de
Almeida(org.). Formação de Educadores à distância e integração de mídias Aglaé
Cecília Toledo Porto Alves... [ET al.] – São Paulo: Avercamp, 2007.
RAMOS, E. M. de F., COSTA, F. M.. EaD - Aspectos
Pedagógicos da Avaliação –
Inserção de tarefas no Ambiente de seu curso – Aula
13. Publicação Avulsa. São Paulo: UNESP, Pró-Reitoria de Extensão
Universitária, 2006.
SALMON, Gilly.
E-moderating. The Key to Teaching and Learning Online. London: Kogan Page, 2000.