terça-feira, 21 de junho de 2011

Projeto Interdisciplinar ÉTICA NO MEIO AMBIENTE

Projeto Interdisciplinar apresentado em 2006 com professores de Artes, História, Coordenadora Pedagógica e alunos da oitava série A da Escola Estadual Doutor João Thiene, Nova Odessa, São Paulo.


                     CONCURSO “ESCOLA E FAMÍLIA: Colaborações Possíveis”


                                                        ÉTICA NO MEIO AMBIENTE

JOCAWA
                                                                            2006
Nova Odessa

SUMÁRIO


Resumo da monografia...................................................03
Introdução.......................................................................05
Desenvolvimento do tema...............................................08
O papel da escola...........................................................10
Conscientização dos alunos...........................................12
A importância do trabalho em equipe.............................14
A valorização de todas as disciplinas.............................17
O desenvolvimento ativo dos alunos em atividades de pesquisa e projetos de conhecimento.................................................................21
Como fazer papel reciclado...........................................30
Efeitos decorativos........................................................33
O que pode ser reciclado..............................................34
O que não recicla..........................................................35
Curiosidades.................................................................36
Conclusão.....................................................................39
Anexos..........................................................................42
Referências bibliográficas............................................51

RESUMO DA MONOGRAFIA

Todos os dias são retirados na natureza toneladas de materiais para satisfazer as necessidades do homem. Ele mesmo não retribui ou repõe, nem o mínimo que desfruta. Assim, não percebe que se continuar degradando a natureza, constantemente como está, não poderá em breve gozar de direitos mínimos, para uma vida tranqüila e saudável. Tranqüila, porque já pode ser percebida em várias partes do mundo uma constante guerra em torno de produtos concedidos pela natureza. E saudável, devido à retirada brusca que já causam sérios problemas de saúde em milhões de pessoas no mundo.
Para tentar resolver estes problemas, juntamente com a comunidade escolar, resumimos nesse projeto,algumas sugestões e experiências praticadas de acordo com as  normas para uma boa Educação Ambiental em torno da Reciclagem na Escola, sempre utilizando métodos simples e econômicos dentro da  capacidade de cada comunidade como:
§         A Conservação Ambiental
§         Conservação da Escola
§         Conscientização dos alunos e comunidade
§         A importância do trabalho em equipe
§         A valorização de todas as disciplinas
§         O envolvimento ativo dos alunos em atividades de pesquisa em projetos de conhecimentos  e os objetivos a serem cumpridos, em prol da cidadania e preservação ambiental para o bem de todos.


De acordo com cada citação, e exemplo praticado pelos integrantes deste projeto pedagógico, o aluno estará sendo o protagonista, juntamente com os pais, pois, o que será revertido à comunidade escolar, ampliará o conhecimento e o bem estar de todos, retirando assim os conflitos que estão muito próximos da realidade de cada um.
Por isso, viver para a natureza é viver para o mundo, é viver para as pessoas e para si mesmo. A cada dia pensando o presente e no futuro, pensando também nos filhos e netos das gerações futuras. É também o que está sendo buscado a cada dia por pessoas que amam o que a natureza nos propõe. Mas são poucos os que erguem a bandeira e vestem a camisa da preservação ambiental através da reciclagem. Alguns sabem o que é reciclar, mas a maioria não pratica, pois acha que não faz parte da realidade. Nosso país é abençoado em relação à natureza, por isso, a preservação é fundamental para que possamos retribuir o que o Meio ambiente nos concede.
Então, qual é o nosso objetivo?
Conscientizarmos o corpo discente, suas famílias e a comunidade escolar para a Ética no Meio Ambiente. Alertarmos para a necessidade de reciclar os produtos industrializados para retirarmos menos obra-prima na natureza, reaproveitarmos o que dela já extraímos e que possam saber determinar o melhor para a preservação da raça humana.





INTRODUÇÃO

Desde as séries iniciais escolares, são trabalhados com os alunos os itens Meio Ambiente, A Conscientização do Consumo e os Desperdícios dos Produtos Não-Renováveis da natureza, chegando a Educação Ambiental através da reciclagem. Mas, o que pode ser observado na atual realidade é o desperdício em massa e conseqüentemente o aumento do lixo e a poluição de todas as cidades brasileiras e do mundo. De acordo com esta ideologia, pode se observar que a solução está dentro da sala de aula, onde cada discente pode participar do projeto fazendo parte da inclusão social, juntamente com os professores. Todas as vezes que os alunos participam de atividades práticas, complementam a aula teórica ministrada pelos professores.
A amplitude deste projeto é alcançar novos horizontes através da efetivação e da iniciativa de todos os pais e a comunidade, pois se o aluno aprende a conservar a natureza através da Educação Ambiental, os pais passam a participar da vida escolar dos seus filhos.
Um grande exemplo ocorre durante as reuniões de pais, quando se percebe a interação dos pais na vida escolar de seus filhos, mostrando interesse e apoio para que os projetos sejam revertidos em benefício de seus filhos. È lógico, que se o projeto for aplicado de forma correta e objetiva aos alunos, os pais receberão as mesmas instruções e pelos próprios filhos. O que mostra o trabalho da Escola para a comunidade.
Então, o que fazer para que ocorra o trabalho em equipe? Como despertar o interesse disciplinar nos alunos? O que será melhorado após esse trabalho? São estas as principais perguntas dos educadores, pais e até mesmo

alguns alunos. Lembrando que, na maioria dos projetos pedagógicos o grande empecilho é os orçamentos, o que impossibilita na maioria das vezes a efetivação do mesmo. E nesse caso, a proporção é inversa, ou seja, não necessita de grandes orçamentos e se organizados de forma adequada, haverá um lucro a ser revertido aos integrantes da coleta seletiva, conquistando também um espaço para a preservação da natureza e a cidadania de acordo com as normas constitucionais.
Há também, muitos projetos em atividade no Brasil e no mundo, em relação à Educação Ambiental, mas infelizmente muitos perdem o sentido, ou são esquecidos nas gavetas dos armários, devido a não readaptação quando necessária, onde os executores não são flexíveis e não aceitam opiniões dos integrantes do grupo. De acordo com este projeto, todos terão total autonomia para ampliar as atividades e aplicá-las, facilitando a socialização dos mesmos. Outro fator importante a ser ressaltado, são as reuniões periódicas com os professores, para reajustes, comentários, sugestões dos alunos ou demais integrantes, ou para trocar as experiências que são sugeridas pelos pais.         
Alguém que está com os objetivos em mente, em todos os lugares que freqüentam, nos livros, nos jornais e revistas o olhar é voltado para ampliação e perfeição do seu projeto. Sendo mais específico: uma pessoa que vai reformar a casa olha muitas outras coisas e faz uma síntese. A mais bonita, com certeza, será readaptada à sua casa.
Analisem quantas sugestões serão citadas e colocadas em prática, principalmente quando os alunos passam a ser os protagonistas das atividades. As idéias surgem, com isso, o despertar estará lançado, onde cada

aluno, ou família, poderá exemplificar: “Eu participei de um projeto ambiental e com uma perspectiva coletiva”.
Quando o trabalho é voluntariado e com objetivos específicos (ajudar as instituições filantrópicas, famílias carentes, conservação do ambiente escolar ou para arrecadar fundos para uma festa de formatura) os aluno são os primeiros a tomarem a iniciativa, pois querem um espaço a mais na sociedade em que vivem. O emocionante é que eles querem se destacar, no coletivo, o que dá a cada um, um local de status no grupo ou na Escola. Mas o que deve ser lembrado dentro deste trabalho é o coletivo, ou seja, o sucesso é do grupo. E por este motivo, continuarão juntos em todos os instantes, reduzindo as barreiras, e conquistando a prática da cidadania.

DESENVOLVIMENTO DO TEMA

CONSERVAÇÃO AMBIENTAL:
Da mesma forma que as grandes  empresas se destacam no mercado comercial, com produtos de qualidade, não é diferente para a Escola, pois a Escola que tem projetos pedagógicos voltados para a sociedade também se destaca, pois pensa como um todo. Estas empresas começaram a receber selos (um certo tipo de conceito que seus produtos estão dentro das normas dos consumidores e com a natureza). Para as Escolas, também não é diferente, principalmente sabendo que toda a comunidade exige um ensino de qualidade. As empresas que dispõe de recursos para recompor as árvores retiradas da natureza, se preocupam com o futuro e visam um reconhecimento não só  não só regional ou nacional, mas sim de âmbito internacional. A Escola, os professores e alunos que se preocupam com a natureza também são reconhecidos por todos os outros segmentos, pois cuidar do meio ambiente é obrigação de todos. Assim, tanto é impossível ensinar a plantar em uma sala de aula, quanto ensinar a época em que se deve colher um produto ou como preparar um determinado tipo de inseticida ou fungicida. O aluno tem que vê-lo e fazê-lo.
Para colocar em prática a Conservação Ambiental, deve-se ter primeiramente, uma Educação Ambiental de acordo com a necessidade de todos. Mesmo não sendo praticado por muitos, a reciclagem foi proposta, foi lançada para que o homem ajude na preservação, revertendo à teoria para a prática. A natureza é uma prática, ela é visível a todos, mas se a reciclagem não for efetivada, infelizmente a natureza passará a ser teoria, o que acreditamos não ser à vontade de todos. A  conservação é uma proteção e poucos estão preocupados com esta atividade, por imaginar que o petróleo, a água, as árvores e os animais não serão extintos da natureza, e,  se isso acontecer, restará breve lembrança com fotos ou textos.
O objetivo dos educadores e dos defensores do Meio Ambiente através da conservação ambiental é proteger, custe pouco  ou muito, mesmo que tenha que tirar fotos de locais devastados pelo homem e grandes quantidades de lixo próximo do habitat, para chocar e despertar a conscientização de todos para um presente e futuro melhor.
O que mais choca alguém? Uma floresta toda devastada pelo fogo jogado por um homem que fumava um cigarro? Animais em extinção ou o próprio tráfico? Ou pessoas morrendo de fome ou sede? Por quê para o homem consumista o mais importante é a atualidade, com a satisfação própria não se preocupando com o futuro e com o próximo?
Para a questão ambiental não é diferente quem não pensa no futuro da natureza não pensa para o futuro de si mesmo.

O PAPEL DA ESCOLA

Da mesma forma que temos a necessidade da conservação da Escola para continuar em funcionamento por um longo tempo, não há diferença com a natureza. Sua conservação deve começar imediatamente, e de que forma? Preservando e principalmente educando. Para isso, a Escola é, sem dúvida, a principal agente conscientizadora da preservação natural, através da Educação Ambiental, através da reciclagem na Escola. Após várias observações, ao término de uma aula, uma grande quantidade de papéis, sacolas plásticas, garrafas plásticas de refrigerante, latas, restos de alimento e outros materiais recicláveis eram deixados pelos alunos no chão das salas, nas carteiras ou mesmo quando alguns não utilizaram os latões de lixo na sala de aula, menosprezando a coleta seletiva que é ensinada pelos professores.
O que dá característica, de um lixão para a sala de aula no longo do dia, é quando o local já está sujo e muitos pensam: “ Já está sujo mesmo, mais um papel de bala que cair no chão não fará diferença”, e é a Escola que perde com isso. Utilizando um maior número de funcionários para deixar em ordem a sala de aula, produtos de limpeza, em grande quantidade, fama de má organizadora, pois gasta bastante e continua suja. Quando uma pessoa cria um animal ela passa a ter um amor maior por ele, pois dá trabalho cuidar. Para os alunos que estão zelando pela organização da ordem e limpeza da própria sala de aula, eles mesmos não irão deixar que os outros sujem os estraguem o que fizeram com carinho. O interessante é que aquele que vive em um ambiente limpo e arejado, não consegue ficar por um tempo sem reclamar de um local sujo,e ao chegar em um lugar sujo sempre dá uma sensação de sufoco e de  mal estar, e isso deve ser exemplificado aos alunos, para que se conscientizem não só por alguns dias ou meses, mas para toda vida. As escolas, na maioria das vezes, permanecem com os mesmos alunos, quatro, oito, até onze anos, e durante estes anos, tem que, obrigatoriamente, aplicar verbas que poderiam ser utilizadas para materiais pedagógicos e merendas, na manutenção de prédios, e  muitas vezes, as reformas são feitas de forma básica para o prédio continua em funcionamento. Causando indignações de outros setores da sociedade. “(...) é preciso construir a Escola unitária, na qual os ensinamentos teóricos estejam aliados às atividades práticas e vice-versa, nas quais não se dicotomize pensar e fazer, a fim de que se consiga que a formação do aluno seja simultaneamente instrumental e intelectual” – Gramsci

CONSCIENTIZAÇÃO DOS ALUNOS
Para muitos, é difícil conscientizar as pessoas, mas quando é mostrado as conseqüências da degradação escolar e ambiental, o choque é maior, principalmente quando se tem oportunidade de expor as causas e conseqüências finais. Talvez seja a parte mais complexa do trabalho, onde dependendo do grau de instrução que o aluno teve em casa, ou seus conhecimentos prévios, podem ser nulos para uma conscientização como está.
O despertar da conscientização deve existir de uma forma coletiva ou pelo menos inicialmente com a maioria de um grupo, pois o lado mais forte terá a capacidade de continuar a trabalhar, e conseqüentemente, incentivar e mostrar para os que estão desinteressados a seguirem o mesmo caminho, devido à grandiosidade dos objetivos. Se ao iniciar uma campanha de coleta seletiva na Escola ou outro projeto interdisciplinar e não se obter uma boa aceitação dos alunos, é preciso rever novamente os conceitos, pedindo sugestões aos próprios participantes (protagonismo), o que vai melhorar o relacionamento e a amplitude do trabalho de equipe. Voltando a conscientização dos alunos, eis aí um grande problema, que deve ser curado primeiramente, antes de qualquer atividade prática. E até que ponto a atual metodologia fornece oportunidades adequadas para os alunos se sentirem protagonistas e motivados a desenvolverem para o grupo as características de atitudes científicas?
Para os alunos, independentemente da faixa etária, o que mais chama a atenção na Escola é, sem dúvida nenhuma a atividade física, e isto pode ser comprovado pela disciplina de educação física. Os próprios se sentem valorizados em poder participar de projetos que relacionam atividades manuais e que conseqüentemente possam contribuir para a sociedade e principalmente quando retrata a atualidade no quesito Meio Ambiente, ou seja, a aprendizagem é facilitada quando o aluno participa de maneira responsável no processo de aprendizagem. No entanto, se o aluno vê através de fotos a devastação de vários locais, pode examinar suas características, formando uma imagem nítida, e a aprendizagem mais segura e efetiva, para a conscientização do mesmo. “A escola deve apresentar a vida presente tão real e vital para o aluno como a que ele vive em casa, no bairro ou no pátio da escola” – Dewey.

A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO EM EQUIPE
Os projetos, na verdade, são situações didáticas que se articulam em função de um objetivo compartilhado por todos os envolvidos e de um produto final. A equipe desperta um interesse ainda maior, de acordo com as descobertas científicas, como: criatividade para o coletivo, a intensa solidariedade e a amorização pelo projeto derrubando as barreiras interindividuais.
Portanto, o início de um projeto, tem como objetivo fundamental criar uma prática comum e lucrativa na amplitude social de todos os envolvidos como a sociedade, alunos e professores. Visando o desenvolvimento sustentável, com a ação da chamada Educação Ambiental, através da escola, no que pode ser transcrito como interdisciplinar. O que se deve levar em conta são os objetivos naturais sociais e culturais na implementação, gestão e monitoramento de projetos como este, que será apresentado com objetivos e justificativas para o bem de todos.
Trabalhar em equipe é uma questão de competências e pressupõe igualmente a convicção de que a cooperação é um valor profissional. Pois o desejo dos alunos e pais é trabalhar e fazer parte desta sociedade, para serem reconhecidos como protagonistas, e os professores são os elos de ligação, que através das informações didáticas conseguem sucesso, através da prática e experiência dos pais e alunos. Então, a cooperação é um meio que deve apresentar mais vantagens do que inconvenientes. A cada dia, trabalhar em conjunto torna-se uma necessidade ligada, mais a evolução do ofício, do que a uma escolha pessoal. Ao mesmo tempo, há cada vez mais professores, jovens e adolescentes que desejam trabalhar em equipe, visando níveis de cooperação mais ou menos ambiciosos. Alguns deles excluem radicalmente  o trabalho solitário, outros são mais ambivalentes, mas vêem as vantagens de uma autonomia suficiente.
Mas, para definir uma equipe como um grupo reunido em torno de um projeto comum, cuja realização passa por diversas formas de acordo e de cooperação, tem que elaborar intensamente para não cair na monotonia. “Os Projetos, cujo desafio é a própria cooperação e que não tem prazos precisos, já que visam a instaurar uma forma de atividade profissional interativa” (Gather Thurler) que se assemelha mais a um desvio para alcançar um objetivo preciso.
No projeto de tipo: Empreendimento coletivo, visando a uma realização, é relativamente fácil identificar o produto visado, mas, resta entrar em acordo  sobre a imagem exata que se tem dele, o nível de exigência, os destinatários, o calendário, a divisão das tarefas, a liderança, todos aqueles aspectos que devem ser esclarecidos, para que, cada  um possa envolver-se com conhecimentos de causa, e isto, é importantíssimo, pois casa um já tem noção de sua atividade, não sendo restrito de ajuda mútua. Ao passo que o projeto de trabalho em conjunto estende-se, as relações profissionais cotidianas, revelam a necessidade de partilhar, de romper a solidão de fazer parte de um grupo, questões que expõe, às vezes, ao escárnio dos cínicos, aos alertas dos céticos ou o sarcasmo daqueles que tomam qualquer dúvida profissional por uma confissão de fraqueza ou de incompetência.
O trabalho em conflito é obvio, porque se não se conscientizarem, de que, a equipe conclui com maior facilidade, já de início, deverão faze-lo a seguir, na primeira divergência grave, na primeira crise. Em uma “cultura de projeto, todos estão familirializados com a idéia do projeto. Daí a dominar as fases de negociação e de condução de um projeto coletivo há apenas um passo” (Boutinet, 1993).

A VALORIZAÇÃO DE TODAS AS DISCIPLINAS

“O global é mais que o contexto, é o conjunto das diversas partes ligadas a ele de modo  inter-retroativo ou organizacional. Dessa maneira, uma sociedade é mais que um contexto: é o todo organizador e desorganizador de que fazemos parte. O todo tem qualidades ou propriedades que não são encontradas nas partes, se estas estiverem isoladas uma das outras, e certas qualidades ou propriedades das partes podem ser inibidas pelas restrições provenientes do todo”.
Marcel Mauss dizia: É preciso recompor o todo”
Dessa forma, os problemas essenciais, nunca são parcelados, e os problemas globais são cada vez mais essenciais. Os grandes problemas humanos desaparecem em benefício dos problemas técnicos particulares. Por isso, quanto mais os problemas se tornam multidimensionais, maior é a incapacidade de pensar sua multidimensional, quanto mais a crise progride, mais aumenta a incapacidade de pensar a  crise; quanto mais os problemas se tornam planetários, mais eles se tornam impensáveis. Incapaz de considerar o contexto e o complexo planetário, a inteligência cega, torna-se inconsciente e irresponsável.
Agora o coletivo pode também pensar de forma mais ampla com objetivos comuns, os alunos, o meio ambiente, a sociedade em geral e a facilidade de trabalho em sala de aula, podem ser compreendidos através da interdisciplinaridade, mas o foco não pode ser exclusivo para cada disciplina apenas, mas como um todo. O educador que busca conhecer horizontes disciplinares, ganha prestígios entre os alunos e a comunidade, pois tem um vocabulário rico e todos passam a recorrê-lo devido a seus conhecimentos. Em muitos casos os próprios alunos  tenham como exemplo de verdadeiro pesquisador, o que dá liberdade de um trabalho conjunto em torno de  um mesmo objetivo.
Talvez apareça a seguinte pergunta:como relacionar um determinado tema com determinada disciplina? Cada educador tem o seu olhar crítico para a sua disciplina, o que pode enriquecer as atividades em conjunto. Para isso, basta colocar em prática o trabalho em equipe e o planejamento, ou seja, o pré-projeto. Por exemplo: O professor de história quer trabalhar as Expansões Marítimas Européias. O assunto tornaria interessante aos alunos, se os próprios professores iniciassem por  disciplinas distintas, como segue:
§         Educação física: quais eram as condições físicas dos marinheiros? Quais eram as atividades físicas que faziam para movimentar as embarcações?
§         Geografia: Quais eram as madeiras que utilizavam para fazer as embarcações? Quais eram os espaços percorridos, juntamente com mapas, coordenadas e localizações?
§         Matemática: Quais as moedas da época? As compras ou trocas que faziam? A medida do tempo gasto nas viagens?
§         Língua Portuguesa: Quais as cartas que escreviam? Qual era o dialeto que deveriam conhecer?
§         Ciências: O que comiam? Quais eram as doenças da época?
§         Língua Estrangeira: A importância de outra língua para a convivência e a comercialização.

§         Artes: Quem pintava os mapas? Quais os principais quadros desta época?
Esta é apenas uma das sugestões que podem ser trabalhadas com a interdisciplinaridade. Para que fique claro o entendimento e as pesquisas a serem feitas (planejamento) através da Educação Ambiental, como a reciclagem na escola. Um outro exemplo neste item pode ser especificado da seguinte forma:
§         Artes: o professor desta disciplina pode colaborar com as confecções dos latões para que a estética possa fazer a diferença; relacionando as cores com cada material a ser reciclado;
§         Ciências: para esta disciplina o professor pode citar as causas e as conseqüências para a saúde provocada pelo excesso de   lixo;
§         Geografia: o professor deve mostrar aos alunos através da Educação Ambiental a importância da reciclagem para o homem e para o seu futuro;
§         História: pode ser trabalhada a cidadania, a industrialização, a urbanização, etc;
§         Língua Estrangeira: o professor desta disciplina pode colaborar com textos sobre a questão ambiental que é um problema de todos e com a apresentação pela escola transcrito em Língua Estrangeira;
§        

§         Matemática: os gráficos, pesos e porcentagens são fundamentais para o grupo que queira trabalhar a reciclagem na escola,
§         Língua Portuguesa: textos em sala de aula e cartazes pela escola, relacionados ao Meio Ambiente.
Os tópicos de cada disciplina acima são apenas sugestões a serem trabalhados interdisciplinarmente, ficando a critério do Educador, ampliar mais itens em cada disciplina, o que dá total segurança em produzir para todos.
“A educação é o método fundamental do progresso e da ação social, o professor ao ensinar não só educa indivíduos, mas contribui para formar uma vida social” – Apud Abbagnand, N e Visal Berchi.
O DESENVOLVIMENTO ATIVO DOS ALUNOS EM ATIVIDADES DE PESQUISA E PROJETOS DE CONHECIMENTO
A velocidade das informações chega aos alunos de forma ampla  não são mais atraídos por um enigma qualquer, reconhecem ao primeiro olhar o tédio do trabalho repetitivo sob a aparência lúdica de uma nova tarefa. Mas isso, só ocorre devido à falta de objetivos que não são citados aos alunos, ou a qualquer outra pessoa, não tem estímulo se não tem um alvo pela frente. Ninguém sai de casa para trabalhar sem um objetivo, ninguém sai de casa para andar sem um objetivo específico, mesmo que seja para tomar um ar ou ver pessoas e para os alunos não é diferente.
            A aprendizagem dos alunos só ocorrerá se os professores envolve-los em uma atividade de uma certa importância e de certa duração, garantindo ao mesmo tempo uma progressão visível, mudanças de paisagem para todos aqueles que não tem a vontade obsessiva de se debruçar durante dias sobre um problema que resiste.
Os problemas ambientais são de suma importância para cada ser humano, pois é um problema que deve ser “curado” imediatamente, já, com uma conclusão imediata, utilizando a chamada Educação Ambiental.
            A função do professor é relacionar os momentos fortes, assegurar a memória coletiva ou confiá-la a certos alunos, faze-los buscar ou confeccionar os materiais requeridos para o experimento. Neste caso, dividir a sala de aula em grupos, mas de acordo com os dons naturais de cada um. Como identificar os dons naturais de cada um? Se o professor perguntar: quem quer separar o material (lixo) dos latões no pátio da escola?, ou, quem quer pintar os latões e as latas para a coleta seletiva?
            Para conquistar a auto-estima e voluntários em sala de aula para o trabalho em equipe, sem forçar as opções, o professor deverá propor inicialmente perguntas indiretas como por exemplo:
§         Quem gosta de pinturas, decoração, obras de arte e esculturas? Os alunos que se manifestarem levantando a mão, provavelmente não  colocarão nenhum empecilho para pintarem as latas e os latões e decorá-las, escrevendo o tipo de coleta que  cada uma receberá  com as respectivas cores.
A organização da divisão dos trabalhos só ocorrerá após a definição dos dons naturas de cada um dos alunos.Pode ser feita outra pergunta para sala de aula:
§         Quem se identifica com higiene, medicina e liderança? Estes que levantarem a mão, poderão  limpar as carteiras da sala de aula. E como já foi citada a organização deve ocorrer em todo ambiente, se tiver apenas um papel jogado no chão de uma imensa sala de aula, esta sujeira irá prejudicar todo o trabalho feito pelos demais integrantes da equipe.

§         Quem na sala de aula se identifica com a fauna e a flora no Brasil e no mundo? Estes provavelmente poderão  trabalhar como selecionadores de material a ser reciclado , pois possuem características fortes de ambientalistas, onde observarão o que está sendo desperdiçado pelos alunos  na escola.
§         Quando o professor perguntar quem gosta de matemática?  Para  estes alunos, que se identificam com esta  disciplina, a missão deles é pesar o  material reciclado , separando–os por medidas proporcionais. Fazendo também uma tabulação em dias, semanas e meses, do que está sendo desperdiçado na Escola e conseqüentemente na cidade, no Estado, no país e no mundo.
§         Para definir outro grupo de alunos para atividades em equipe, o professor deverá fazer a seguinte pergunta: Quem se identifica com informática, publicidade e propaganda? Os que se manifestarem poderão ficar por conta de divulgar pela Escola os cartazes de conscientização, os recados de sala em sala ou palestras coletivas para as comunidades.
Com certeza os alunos hiperativos terão facilidade para esta atividade.
§         Quando for perguntado: Quem gosta de Língua Portuguesa,  ler e escrever? Os alunos que levantarem a

§         mão pela identificação com esta área, poderão fazer os relatórios, ou seja, redigir  as atividades feitas pelo grupo diariamente, colocando nome dos integrantes do grupo, data, do que foi desenvolvido  naquele dia pelo grupo, as dificuldades encontradas e as soluções determinadas por eles.
§         O que pode ser usado como uma metodologia a mais para o professor? Estes alunos que estarão fazendo os relatórios diários, diminuirão o acúmulo de cargos para o professor, que estará envolvendo-os em atividades de importância para a comunidade. Lembrando que este grupo de relatores será distribuído, ou seja , para cada grupo haverá um relator constante naquele dia.
A sugestão para o número do grupo, dependerá da quantidade de alunos por sala. Mas, o bom é que tenham seis grupos, de  seis ou sete alunos, o que gira em torno de uma sala de aula com trinta e seis a quarenta e dois alunos.
A liberdade para aprender ocorrerá de forma transparente devido ao propósito de cada um, que estará contemplando um futuro melhor a
 todos. A aprendizagem, socialmente mais útil no mundo moderno, é a do processo de aprender com uma abertura contínua para a experiência e a incorporação para todos no processo de mudança.
O aluno que entra em contato com a realidade passa a reconhecer e resolver os múltiplos e variados problemas que se apresentam  diariamente nos trabalhos práticos em equipe.  Eles são envolvidos  ativamente nestes projetos pedagógicos devido à necessidade de um futuro mais justo e com melhores condições de sobrevivência. Os integrantes das equipes vêem na aula prática os diferentes aspectos da cultura com olhares críticos, devendo aprender diretamente no campo praticando ele próprio as suas sugestões.
O engenheiro agrônomo Javier Becerra, ex-reitor da Universidade Agrária La Molina, Lima, Peru, disse: “é tão impossível ensinar a plantar em uma sala de aula quanto ensinar a época em que se deve colher um produto ou como preparar um determinado tipo de inseticida ou fenecida. O aluno tem que vê-lo e tem que fazê-lo.”
É indispensável à aula prática para criar ênfase neste trabalho de Educação Ambiental, através da reciclagem na escola os alunos tem que presenciar todo o processo, ou seja, de onde veio o produto, o que é feito deste produto (derivados) e para onde vai (coleta seletiva).No entanto, se o aluno vê este processo, pode presenciar e examinar as características detalhadas, forma a imagem nítida e a aprendizagem é mais segura e efetiva.
Para concluir a relação professores e pais dentro deste envolvimento  ativo de cada integrante, a escola mostra o interesse com os movimentos sociais e culturais para o processo formativo, o que está expresso no Artigo 1º da Lei nº 9.394/96 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. ”A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais”. Também
Pode ser citado “O educador libertador tem que estar atento para o fato de que a transformação não é só uma questão de metodologia e técnicas. Se a educação libertadora fosse somente uma questão de métodos, então o problema seria mudar algumas metodologias tradicionais por outras mais modernas. Mas esse não é o problema. A questão é o estabelecimento de uma relação diferente com o conhecimento e com a sociedade “ (Shor, Ira e Freire, Paulo).
Para Mosel:  “A grande quantidade de experimentos demonstram que a aprendizagem só será efetiva se o aprendiz emitir as respostas que estamos tentando ensinar. A utilização dessa noção requer que seja planejada. As atividades que o estudante desenvolve ativamente em seu próprio processo de aprendizagem”. Um bom meio para pôr em prática esse conceito é transformar a tarefa da aprendizagem em um problema a ser resolvido ou em um objetivo a ser atingido. O aluno, sob a orientação do professor, será parcialmente responsável pela solução do problema  ou pela descoberta que levem ao objetivo. Desse modo, o que o estudante aprende é em parte, algo que ele mesmo ajudou a solucionar.
As seleções dos objetivos devem ser feitos de modo operacional, isto é, todos os integrantes do projeto serão capazes de exibir ao final  do trabalho condições básicas de cidadania e socialização. Em outras palavras, é preciso construir um conjunto  de critérios que permitam determinar efetivamente se os objetivos foram alcançados. A única maneira de se determinar se o aluno “sabe” alguma coisa é ver o que ele diz ou faz sobre certas condições.
§         Vidros:
Descoberto pelos fenícios, foi produzido com areia quente com cinzas, formando um material transparente.
Na atualidade, a dificuldade está na decomposição do vidro e no gasto com energia para extração da areia e na própria produção.
Para a reciclagem os vidros são triturados e colocados em tambores para serem enviados às vidrarias, que após a fusão com uma temperatura média de 1300 ºC, juntamente com areia, calcário, sódio e outros minerais, onde a massa é despejada nas mais diversas formas das indústrias vidreiras, e transformando-a em novas embalagens.
§         Plásticos:
Na  maioria são extraídos de petróleo e as resinas plásticas podem ter sua composição química modificada e dar origem a diferentes tipos de plástico.Por isso, alguns plásticos são transparentes e outros derretem com mais facilidade.
Os plásticos para embalagens são chamados de termoplásticos , e amolecem quando aquecidos, podendo ser transformados em novos produtos. Há também os plásticos biodegradáveis, empregados apenas em alguns casos, como materiais cirúrgicos ou na agricultura, estes se decompõem quando enterrados.

Estes produtos são separados na Central de Triagem e enviados para as fábricas de reciclagem onde são novamente derretidos para a fabricação de novos produtos.
§         Papel:
É  feito a partir de fibras de celulose encontradas em madeiras de árvores de eucalipto e no pinus. Para obter a pasta de celulose a madeira é descascada e cortada em pequenos pedaços em um picador, são misturadas em água com soda cáustica  em grandes tanques e cozidos para a separação da pasta de celulose.
Há dois tipos de fibras de celulose, uma mais longa e outra mais curta, As longas produzem um papel mais resistente como caixas e embalagens. As curtas fornecem um papel de superfície bem lisa.
Na fábrica de papel reciclado, as aparas  (são classificadas de acordo com o tipo de papel e a quantidade de sujeira que elas contém) são misturadas com água em um grande liquidificador chamado Hidrapulper . A massa obtida segue para o setor de limpeza onde são  retirados materiais como metais, plásticos e areia. A pasta de celulose resultante vai para a máquina de fazer papel para a retirada de água, prensagem e secagem, formando finalmente a folha de papel reciclado.
§         Metal:
Extraídos da natureza em forma de minérios, foi descoberto pelo homem ao aquecer um minério, e ao secar formaram-se objetos (machados, facas, panelas, etc). Esse metal era o ferro.


A fusão do ferro com o carbono (carvão) tem o aço, largamente empregado nos utensílios domésticos, ferramentas, carros e embalagens.
Algumas latas são feitas de aço, para não enferrujar em contato com o ar e estragar os alimentos, o aço nelas utilizado é revestido com uma fina camada de estanho ou cromo,(são as latas de conserva).
Outro material bastante utilizado é o alumínio, principalmente nas latas de bebidas. O alumínio, extraído de um minério chamado bauxita, é leve, resistente e não enferruja em contato com o ar.
Na triagem, as latas de aço são separadas das latas de alumínio. Após a separação, as latas são amassadas, compactadas em blocos, chamados de sucata, e encaminhadas para a fábrica de reciclagem de aço ou alumínio. A sucata é derretida para a formação de placas de aço ou alumínio que se transformam, novamente, em latas.


COMO FAZER PAPEL RECICLADO
INGREDIENTES:
Þ    Papel e água
Þ    Bacias: rasa e funda
Þ    Balde
Þ    Moldura de madeira com tela de nylon ou peneira reta
Þ    Moldura de madeira vazada (sem tela)
Þ    Liquidificador
Þ    Jornal ou feltro
Þ    Pano (ex:morim)
Þ    Esponjas ou trapos
Þ    Varal e pregadores
Þ    Prensa ou duas tábuas de madeira
Þ    Peneira côncava (com “barriga”)
Þ    Mesa
            Modo de Preparo:
Þ    Para preparar a polpa, pique o papel e deixe de molho durante um dia ou uma noite na bacia rasa, para amolecer. Coloque água e papel no liquidificador, na proporção de três partes de água para uma de papel. Bata por dez segundos e desligue. Espere um minuto e bata novamente por mais dez segundos. A polpa está pronta.


Þ    Para fazer o Papel, despeje a polpa numa bacia grande, maior que a moldura. Coloque a moldura vazada sobre a moldura com tela. Mergulhe a moldura verticalmente e deite-a no fundo da bacia. Suspenda-as ainda na posição horizontal, bem devagar, de modo que a polpa fique depositada na tela. Espere o excesso de água escorrer para dentro da bacia e retire cuidadosamente a moldura vazada. Vire a moldura com a polpa para baixo, sobre um jornal ou pano. Tire o excesso de água com uma esponja. Levante a moldura, deixando a folha de papel artesanal ainda úmida sobre o jornal ou morim.
Þ    Para que suas folhas de papel artesanais sequem mais rápidas e o entrelaçamento das fibras seja mais firme, faça pilhas com o jornal da seguinte forma:
§         Empilhe três folhas  do jornal com papel  artesanal. Intercale com seis folhas de jornal ou um pedaço de feltro e coloque mais três  folhas com papel. Continue até formar uma pilha de doze folhas de papel artesanal.
§         Coloque a pilha de folhas na prensa por quinze minutos. Se não tiver prensa, ponha a pilha de folhas no chão e pressione com um pedaço de madeira.
§         Pendure as folhas de jornal com o papel artesanal no varal até que sequem completamente. Retire

cada folha de papel do jornal ou morim e faça uma pilha com elas. Coloque esta pilha na prensa por oito horas ou dentro de um livro pesado por uma semana. 

             Efeitos Decorativos
Þ    Misture à polpa: linha, gaze, fio de lã, casca de cebola ou de alho, chá em saquinho, pétalas de flores e outras fibras.
Þ    Bata no liquidificador junto com o papel picado: papel de presente, casca de cebola ou de alho.
Þ    Coloque sobre a folha ainda molhada: barbante, pedaços de cartolina, pano de tricô ou crochê. Neste caso a secagem será natural – não é necessário pressionar com o pedaço de madeira.
Þ    Para ter papel colorido: bata o papel crepom com água no liquidificador e junte essa mistura à polpa. Outra opção é adicionar guache ou anilina diretamente à polpa.

Dicas  Importantes :
Þ    A tela de nylon deve ficar bem esticada, presa á moldura por tachinhas ou grampos.
Þ    Reutilize a água que ficar na bacia para bater mais papel no liquidificador.
Þ    Conserve a polpa que sobrar : peneira esprema com um pano. Guarde ainda molhada (em pote plástico no congelador) ou seca (em saco de algodão).
Þ    A polpa deve ser ainda conservada em temperatura ambiente.

O que pode ser reciclado:
Papéis:
Jornais, revistas, folhas de caderno, formulários de computadores, caixas em geral, aparas de papel, fotocópias, envelopes, provas  de papéis antigos, rascunhos, cartazes velhos e papel de fax.
Metais:

 Lata de aço (lata de óleo, salsicha), lata de alumínio (refrigerante) outras sucatas da construção civil (metal), e sucatas de reformas.
Vidros:

Recipientes em geral, garrafas de vários tamanhos, copos (vidro).
Plásticos:
Embalagem de refrigerante, embalagem de material de limpeza,copinho de café, embalagem de margarina, canos e tubos, sacos plásticos em geral.

O que não recicla (Rejeitos)

Papéis:
Etiquetas adesivas, papel carbono, fita crepe, papéis sanitários, papéis metalizados, papéis parafinados, papéis plastificados, papéis muito sujos, guardanapos, bitucas de cigarro e fotografias.
      Metais:

Esponjas de aço, canos, clipes, grampos e pilhas.

Vidros:

Espelhos, vidros planos, lâmpadas, cerâmicas, porcelana, tubos de TV e gesso.
Plásticos:
Cabo de panela, tomadas, embalagem com mistura de papel, plásticos e metais.
CURIOSIDADES
A – Tabela de decomposição
Þ    Casca de Frutas: 1 a 3 meses.
Þ    Chiclete: 5 anos.
Þ    Cigarro: 1 a 2 anos.
Þ    Copos e Sacos plásticos: 200 a 450 anos.
Þ    Garrafa de vidro: indeterminado.
Þ    Latas de alumínio: 200 a 500 anos.
Þ    Latas de conserva: 100 anos.
Þ    Madeira pintada: 3 anos.
Þ    Papel: 2 a 4 semanas.
Þ    Pilhas: 100 a 500 anos.
Þ    Plásticos: 450 anos.
Þ    Pneu: indeterminado.
Þ    Tecidos de algodão: 1 a 5 meses.

B – Simbologias e cores da reciclagem:

As cores características dos contêineres apropriados para a coleta de lixo.

Þ    Metais: Amarelo
Þ    Papel: Azul
Þ    Plástico: Vermelho
Þ    Vidros: Verde


Não se sabe os critérios usados para a criação do padrão de cores dos contêineres utilizados para a coleta seletiva voluntária em todo o mundo. No entanto, alguns países já reconhecem esse padrão como parâmetro oficial a ser seguido por qualquer modelo de gestão de programas de coleta seletiva.

  C- As vantagens para reciclar por produto:
            Papel: Cada 50 quilos de papel usado, transformado em papel novo, evita que uma árvore seja cortada. Pense na quantidade de papel que já foram jogados fora e quantas árvores seriam preservadas a partir dessa conscientização;
Metal: Cada 50 quilos de alumínio usado e reciclado, evita que sejam extraídos do solo cerca de 5.000 quilos de minério, a bauxita;
Vidro:  Um quilo de vidro quebrado, faz-se exatamente um quilo de vidro novo, e pode ser reciclado infinitas vezes,
Plástico: Este produto é derivado do petróleo e sabe-se que não é renovável, o que aumenta o preço de todos os produtos do mundo, principalmente o alimento.
D- As vantagens de reciclar para o homem:
§         Melhora a limpeza da cidade, o que diminui as doenças e as mortes.
§         Menos poluição do ar, da água e do solo.
§         Economia de energia e matéria – prima.
§         Renda pela comercialização dos recicláveis.
§         Gera empregos para os usuários dos programas sociais e de saúde das Prefeituras.
§         a preservação da natureza de forma concreta, tendo mais responsabilidade com o lixo que geram.
E – Por que reciclar?
§         Porque reciclar é 15 vezes mais barato do que jogar o lixo em aterros.
§         Diariamente cada ser humano produz aproximadamente 5 Kg de lixo em todo mundo.
§         Só o Brasil produz 240.000 toneladas de lixo por dia.
§         Apenas 2 % de todo o lixo no Brasil é reciclado.
§         A fermentação do lixo produz pelo menos dois produtos : o Chorume  e o gás Metano.
F – O que é Reciclar ou Reciclagem?
É  um  conjunto de técnicas que busca aproveitar os detritos com a finalidade de reutilizá-los no ciclo de produção que se originaram. Também é um termo originalmente utilizado para indicar o reaproveitamento (ou a reutilização de um polímero no mesmo processo em que por  alguma razão  foi rejeitado). A pronuncia surgiu na década de 1970, quando as preocupações ambientais passaram a ser tratadas com maior rigor, especialmente após o primeiro choque do petróleo, quando reciclar ganhou importância estratégica.

                           




CONCLUSÃO

Há uma confirmação em massa de todas as pessoas que já trabalharam em equipe, e o sucesso  é inexplicável devido a união e a diminuição de esforço de cada integrante do grupo, o que sobra mais disposição para melhorar ainda mais os objetivos.  Também existe uma confirmação destas pessoas, da necessidade de conservar o Meio Ambiente através da reciclagem.
Cada fase alcançada, uma vitória, uma árvore preservada, um animal fugindo da extinção e esta causa talvez não seja concluída nesta época, devido à falta de conscientização de alguns indivíduos que infelizmente não perceberam e não dão a mínima para a própria vida ou para a vida do próximo. Mas, aquele que começam em prol do Meio Ambiente, terão o seu “salário” no futuro, e por isso, batalham sem cessar, buscando salvar vidas.
É possível concluir um trabalho em curto prazo cuja motivação é salvar vidas? Claro que sim. Porque para salvar vidas, basta iniciar com objetivos  simples na escola de cada um. A casa também é uma Escola e conforme a pedagogia educacional, onde o aluno tem os seus conhecimentos prévios.
E de acordo com o dicionário ”Aurélio” o conceito escola é um “estabelecimento público ou privado onde se ministra o ensino coletivo”, então , o que é ensinado em casa ou na escola, deve ser compartilhado principalmente se estiver referindo à Questão Ambiental e conseqüentemente salvando vidas.   “A sociedade brasileira não pode ser entendida de modo unitário, na base de uma só causa ou de um só princípio social” (Da Matta), pois, a conscientização deve ser a causa de todos, seja em casa com os pais ou na escola com os

professores. Tudo fica mais emocionante quando o trabalho é coletivo e participativo, principalmente quando interage a disciplina afim com a aula de campo, basta conferir.
A realidade não é ir muito longe e sim observar o que está à volta do ser humano. Por diversas vezes, as soluções estão ao alcance de todos e procura-se em outros continentes as respostas , e sempre culpando o indivíduo do passado pelas atrocidades do presente, ou que está longe demais da degradação ambiental, fora da sua realidade, ou seja, retirando o fardo desta degradação de seus ombros.
Pode não parecer, mas a vergonha pode ser colocada em pauta como um destes empecilhos pelos não colaboradores da natureza, devido à profissão de gari não ter o conhecimento justo, por ser de baixo nível de escolaridade as exigências para o cargo. Por isso, quando uma pessoa  abaixa para pegar um papel que está no chão, mesmo que tenha sido outra pessoa  que tenha jogado, aparece uma crítica: “O seu lixeiro, deixe de ser imbecil, não foi você quem jogou! Por que você está pegando este lixo?” Esta é uma frase corriqueira, que infelizmente, pode ser ouvida pelo decorrer da vida. Por isso, a conscientização deve ser iniciada na escola, quer lugar melhor para aprender? Se na Escola ou com os pais em casa? Mas, para que todos saibam preservar a natureza, a geração presente deve iniciar uma aprendizagem correta e eficaz, para que seus filhos possam ter o prazer da participação de uma sociedade mais justa e igualitária.
De acordo com o testemunho de amigos que foram para países no exterior a passeio, principalmente para os de “primeiro mundo”, ou seja, desenvolvidos, a

 estética e a limpeza são impecáveis, pois nestes lugares a falta de higiene, educação contra  a natureza e patrimônio público é motivo de multa. Mas, a estrutura física ajuda a conservar o ambiente limpo, devido aos investimentos em massa no quesito preservar, pois são também os principais causadores da poluição. Por isso, distribuem contêineres em locais estratégicos e as pessoas ao passarem encontram-nos  para efetivar a boa ação em favor da natureza  e do homem. Quantas vezes você já procurou um contêiner para jogar seu lixo e não o encontrou? Nem todas as pessoas por enquanto têm a conscientização  de carregar o lixo até um local de despejo, jogando-o em qualquer lugar, devido à falta de estrutura física de contêineres.
Então, comece a pensar, comece a praticar , comece a amar a natureza que está próxima de você. Por enquanto é algo concreto, o problema também, para que um dia no futuro possa ser dito:
O homem reconheceu o seu erro e salvou vidas e a natureza. E não: o que fazer? Falta água, falta alimento e ar para respirar!


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Fontes de Pesquisa


_ www.petrobas.org.br

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Sinopse do mundo Greco-Romano ou Antiguidade Clássica

O mundo Greco-Romano

A Evolução de Atenas

Período Arcaico:

- Formação das cidades gregas
- Surgimentos dos legisladores: Drakon e Sólon
- Surgimento dos tiranos: Psistratos
- Reforma democrática de Clistenes
- Direitos para os cidadãos
- Participação direta
- Instituição do Ostracismo

Período Clássico:

- Guerra de hegemonia
- Guerras Pérsicas: Atenas = Médicas
- Guerras do Peloponeso: Esparta
- Batalha de Leuctras: Tebas
- Dominação da Grécia pela Macedônia

Evolução de Esparta

Período Arcaico:

- Formação do Estado pelos Dórios
- Conquista da Messênia

Constituição do Estado Militarista

- Terras centrais pertencentes ao Estado
- Preponderância do espartistas
- Maioria de escravos e periecos
- Educação militarista para os espartistas

A evolução de Roma

Período Monárquico

Organização Política
- Preponderância da realeza
- Ascensão do Conselho dos Anciãos

Golpe aristocrático contra a realeza
- Deposição de Tarquínio Soberbo




Período Republicano

Organização das instituições republicanas
- Preponderância do Senado
- Magistraturas têm o Poder Executivo
- Assembléia Centurista tem um papel decorativo

Luta entre Patrícios e Plebeus
- Concessões patrícias à plebe
- Leis: Licínia, Canuléia, Das XII tábuas
- Criação do Comício Piebís

Conquista do Mediterrâneo
- Vitoria sobre Cartago nas Guerras Púnicas
- Organização da sociedade escravista
- Crise política da República: as guerras civis
- Irmão Gracos: Ditaduras, 1 Triunvirato; ditadura de Cesar, 2 Triunvirato
- O poder pessoal de Otávio

Período Imperial

A implantação do Império com os 12 Cesares
- Reformas de Augusto  
- Difusão do Cristianismo
- Destaques: Nero, Diocleciano, Constantino e Teodósio

A Crise do século III

- As invasões Bárbaras: Visigodos, Vândalos, Anglo-Saxões, Francos e Ostrogodos
- Divisão do Império por Teodósio: Honório e Arcádio
- Deposição de Romulos Augustolos por Odroacos em 476
- Ocupação do Império pelos Bárbaros germânicos
- Formação dos reinos Bárbaros 

Sinopse da Ascensão e Queda do Antigo Regime


Reforma Religiosa do Século XVI:

- Mudança na organização e na doutrina religiosa
- Fatores: incompatibilidade entre as necessidades dos fiéis e a organização eclesiástica
- Etapas: precursores – Pré-Reforma Católica, Reforma Luterana, Calvinista e Anglicana,

Reforma Católica ou Contra Reforma.

Renascimento Cultural:

- Movimento Cultural (artístico, cientifico e cultural)
- Resulta do desenvolvimento da sociedade urbana e burguesa
- Características: racionalismo, individualismo, naturalismo, antropocentrismo, heliocentrismo e produção de obras de arte.
- Renascimento intelectual (humanismo): Erasmo de Roterdam e Maquiavel
- Renascimento artístico: pintores, escultores e arquitetos.
- Renascimento Científico: Da Vinci, Copérnico e Galileu

Absolutismo Monárquico

- Poder autocrático ( sem limites)
- Fatores: capitalismo comercial, equilíbrio social e intolerância religiosa.
- França: as guerras de Religião e Henrique IV; Luiz XIII, Richelieu; Luís XIV (o rei sol) e Versalhes; Luís XV e a crise financeira

Absolutismo Inglês e as Revoluções do Século XVII

- Os Tudors e o Absolutismo de fato
- Os Stuarts e o Absolutismo de direito
- A Revolução Puritana: Cromwell proclama a República.
- Restauração monárquica e Revolução Gloriosa: Declaração dos Direitos

Iluminismo e o Despotismo Esclarecido

- Movimento Cultural burguês de critica ao Antigo Regime
- Resulta do desenvolvimento econômico e ascensão da burguesia
- Princípios: Liberdade, Igualdade e Fraternidade
- Filósofos: Locke, Montequieu, Voltaire e Rousseau
- Economistas: Quesnay e Adam Smith

Despotismo  Esclarecido:  José II (Áustria), Catarina II (Rússia), Frederico II(Prússia) e Marquês de Pombal(Portugal)

A Independência da 13 Colônias Inglesas
- Primeiro movimento de descolonização
- Colonização diferenciada no Norte e no Sul
- Comércio triangular e fluxo de renda interno no norte.
- Nova política inglesa: atos do açúcar, selo, chá e leis dos intoleráveis
- Apoio da Franca e Espanha: vitorias em Saratoga e Yorktown


A revolução Industrial:

- Revolução social e evolução técnica
- Pioneirismo inglês devido a abundância de m-d-o proveniente dos cercamentos; capitais; matérias-primas e sobretudo mercados.
- Setor têxtil, com maquinas de fiar e tecer
- Proletarização do operariado, separado dos meios de produção.
- Problemas sociais afligem a classe operária que se organiza em sindicatos.
- A revolução atinge outros países ( 02 Revolução Industrial)
 


Sinopse da Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918)

Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918)

Fatores:
a) Rivalidade comercial entre Grã-Bretanha e Alemanha
b) Revanchismo francês à Alemanha
c) Rivalidade austro-russa sobre a hegemonia na Península Balcânica
d) Pan-eslanvismo da Sérvia (Iugoslávia).
e) Paz Armada

Alianças:
a)Tríplice Aliança: Alemanha, Áustria, Hungria e Itália
b) Tríplice Entente: Grã- Bretanha, França e Rússia

Causa imediata: assassinato do herdeiro austro-húngaro em Sarajevo (capital da Bósnia)

Países beligerantes:

a) Impérios Centrais: Alemanha, Áustria, Hungria, Turquia e Bulgária
b) Aliados: Sérvia, Rússia( retirou-se antes do fim da guerra), França, Grã-Bretanha, Itália, EUA(entraram em 1917), Brasil  etc.

Fases da Grande Guerra:
Primeira Fase: Guerra de Movimentos ( corpo a corpo)
Segunda Fase: Guerra de Trincheira ( foços e valas) conflito demorado
Terceira Fase: Guerra tecnológica (Uso de morteiros, metralhadora, submarinos, aviões, tanques de guerra, guerra Química e Biológica) 

Término do conflito:
Rendição dos Impérios Centrais. Ultimo país a capitular. Alemanha, após a queda da monarquia (Republica de Weimar)

Principal tratado de paz:  Tratado de Versalhes (1919)

Imposto a Alemanha por Wilson, Lioyd George e Clemenceau

Conseqüências da I Guerra Mundial:

a) Novos Estados: Finlândia, Polônia, Letônia, Lituânia, Checoslováquia e Iugoslávia.
b) EUA como maior potencia mundial.
c) Crise econômica: na Europa (principalmente na Alemanha e na It’alia)
d) Regimes totalitários: comunismo, nazismo e fascismo.

Sociedade das Nações ou Liga das Nações

- Finalidade: paz mundial.
- Criador: Wilson
- Razoes do fracasso: Conflitos de interesses
- Falta de poder de coação.
- Isolamento (EUA e URSS)

Sinopse das Unificações Tardias ( Itália e Alemanha)

A Unificação Italiana

- Fatores da unificação: nacionalismo; ação da maçonaria; interesses da burguesia italiana nortista.
- Realizações da unificação: Cavour (1 ministro de Vitor Emanuel II do Reino do Piomonte-Sandenha) e Giuseppe Garibaldi.
- Etapas da unificação: conquista da Lombardia(apoio de Napoleão III ao Piemonte contra a Áustria); anexação dos ducados; consquista do Reino das Duas Sicílias por Garipaldi; anexação da Veneza (durante a Guerra Franco-Prussiana).
- Questão Romana provocada pelo papa Pio IX, que não aceitou a unificação política do país, solucionada em 1929 pelo Tratado de Latrão, que criou o Estado do Vaticano.

A Unificação Alemã

- Antecedente: processos de centralização com a eliminação do antigo Império Romano-Germânico; criação do Zollverein (união aduaneira) entre os Estados alemães.
- Etapas da unificação: guerra contra a Dinamarca para a conquista dos ducados de Schleswig e Holstein; guerra contra a Áustria, dando origem à Confederação da Alemanha do Norte e Guerra Franco-Prussiana, responsável pela criação do Império Alemão, que quebrou o equilíbrio europeu.

Sinopse da Formação das Monarquias Nacionais Européias

As condições da centralização:

- o rei encara o Estado em termos nacionais
- Abate os particularismo e universalismo
- Unificação do mercado interno
- Conquista do mercado externo
- Choque entre ordens e classes sociais

Processo de centralização:

- Mecanismos: tributação, força e justiça
- França: Felipe Augusto, Luiz IX e Felipe, o Belo
- Guerra dos 100 anos dificulta o processo
- Eduardo III é candidato ao trono inglês
- Guerra das Duas Rosas( Branca e Vermelha)

As transformações Religiosas e Culturais:

- Com a ascensão do poder real, o papado começou a declinar
- A interferência da igreja em assuntos políticos e o excesso de bens materiais deram origem aos movimentos reformistas.
- Os principais foram: os cátaros, os valdenses e os albigenses.
- Enquanto isso, a cultura medieval ainda era monopolizada pela igreja.
- As transformações socioeconômicas do final da Idade Média trouxeram novas preocupações intelectuais.
- Surgiram assim as corporações de professores e alunos que se reuniam para estudar, dando origem às universidades.
- Nessa época, a filosofia ensinada na escola (escolástica) desenvolveu-se, destacando-se Tomás de Aquino.
- O estilo romântico e o estilo Gótico prenunciam os novos tempos. 




Sinopse da Idade Média Européia



Feudalismo

Conceito:
Modo de produção baseado nas relações servis de produção.
Fatores:
Estruturais: decomposição do escravismo romano
Conjunturais: as invasões bárbaras

O mecanismo de funcionamento:
- Bases materiais: regime de posse; regime de trabalho e nível de técnica.
- Relações sociais: sociedade estamental (servo e senhor)
- Instituições políticas: suseranos e vassalos

O Renascimento Comercial e Urbano

Fatores do Renascimento Comercial
- Crise do Sistema feudal
- Excedente demográfico
- Cruzadas organizadas pela igreja: 1 Urbano II, 2 Ricardo e 4 Dandolo
- Abertura do Mar Mediterrâneo: Renascimento Comercial

Desenvolvimento do Pré-Capitalismo:

- Surgimento das rotas: Mar do Norte, Mediterrâneo e Champagne
- Nascem as feiras: caráter cíclico e sazonal.
- Aparecem as cidades: francas e comunais
- Produção artesanal urbana: organizada pelas corporações.

Transformação do feudalismo e evolução do pré-capitalismo:

- Abertura do feudalismo: relações assalariadas.
- Fechamento do feudalismo: relações escravistas
- Crise de retração: capitalismo retrai e feudalismo fecha
- Crise de crescimento: capitalismo comercial e abertura do feudalismo.

Sinopse da Era Napoleônica

Era Napoleônica (1799-1815)

Importância Histórica de Napoleão:
- Conservou as conquistas básicas da Revolução Francesa.
- Divulgou os ideais revolucionários pela Europa
Antecedentes:
- Impopularidade do Diretório
- Prestigio de Napoleão ( campanhas da Itália e do Egito)

Primeira fase: Consulado (1799-1804):

- Governo estabelecido pelo golpe de 18 Brumario. Inicialmente 1 cônsul; depois, cônsul vitalício (plebiscito)
- Realizações: recuperação econômico-financeira, reorganização administrativa, preparação do Código Civil, concordata com a Igreja e a paz externa.

Segunda fase: o Império (1804-1814)

- Regime despótico de governo (aprovado por plebiscito). Característica principal: guerras contínuas.
- Derrota naval da França em Trafalgar e vitoria terrestre em Austerlitz
- Bloqueio Continental contra a Inglaterra (foram invadidos porque não aderiram: Holanda, Estados da Igreja e Portugal)
- Campanha da Rússia: retirada francesa.
- Derrota de Napoleão em Leipzig, 1 abdicação (rei de Elba)
- Retorno dos Bourbons, com Luis XVIII

Terceira fase: Os Cem Dias ( 1815)
- Regresso de Napoleão de Elba. Fuga de Luis XVIII
- Derrota definitiva de Napoleão em Watterloo, Segunda abdicação

 

Sinopse da Revolução Francesa


Revolução Francesa (1789-1799)

 Transição da Idade Moderna para a Contemporânea

Primeira fase: Revolução Francesa (1789-1792):

Assembléia Nacional Constituinte (1789-1791):
- Tomada da Bastilha; Abolição dos Privilégios do Clero e da Nobreza; Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão; Constituição Civil do Clero (confisco dos bens da igreja)

Constituição de 1791:

- Monarquia Constitucional, três poderes, Assembléia Legislativa, eleita por voto censitário (universal)

Monarquia Constitucional (1791-1792):

Partidos Políticos:

Girondinos (alta burguesia)
Planície (classe média)
Jacobinos (pequena burguesia e povo)
- Guerra contra a Áustria e a Prússia, prisão de Luis XVI e vitoria sobre os prussianos em Valmy; Convocação da Convenção

Segunda Fase: Revolução Popular (1792-1794)

a) Convenção eleita por sufrágio universal masculino (pressão da Comuna de Paris)
b) Proclamação da republica e execução de Luis XVI
c) Golpe dos Montanheses (jacobinos + radicais) contra os girondinos e inicio do período do Terror (ditadura de Robespierre)
d) Guerra externas; leis culturais ( sistema métrico, ensino primário obrigatório,) e sociais ( abolição das obrigações feudais)
e) Golpe de 9 Termidor (girondinos + planície contra os montanheses). Queda de Robespierre e fim do Terror.

Terceira Fase: Contra-Revolução Burguesa (1794-1799)

a) Volta dos girondinos ao controle da Convenção
b) 1795 – Novo Governo: o Diretório (regime burguês, voto censitário, com oposição dos realistas e dos jacobinos)
c) Golpe de 18 do Brumário 1799: queda do Diretório e ascensão de Napoleão Bonaparte

Importância da Revolução Francesa
- A queda do Antigo Regime (absolutismo)
- Supressão dos restos de feudalismo
- Ascensão da burguesia ao poder político

Sinopse sobre o Império Islâmico



A Arábia pré-islâmica caracterizava-se pela divisão em: Arábia do Deserto e do Litoral:

- Arábia do Litoral: vida sedentária com base nas cidades mercantis de Medina (Yatreb) e Meca.
- Arábia do Deserto: vida nômade, porque depende do oásis.
- Os árabes do deserto migravam anualmente em direção ao litoral para fazer trocas
- Alem do comercio interno, os árabes do litoral tinham o comercio externo
- Meca era um centro religioso e por isso atraia mais peregrinos do que Yatreb (Medina)

Maomé nasceu em Meca, pertencendo à tribo dos Coraixitas, os guardiões do templo a Kaaba, onde se encontrava a pedra negra e os ídolos:

- As viagens de Maomé colocaram-no em contato com o sincretismo religioso dominante no Oriente Próximo, daí surgiu o Islamismo.
- Maomé convenceu os familiares e teve a oposição dos coraixitas, fugindo (hégira) em direção a Medina no ano 622.
- Maomé voltou a Meca, e com o apoio dos árabes do deserto destruiu os ídolos e implantou o Islã (630).
- A doutrina islâmica prega o monoteísmo, teorizado no Corão, livro sagrado dos muçulmanos.

A expansão do Islã (VII-IX) está relacionada a um complexo de fatores:

- Crescimento demográfico
- Interesse pelo saque
- Unificação política
- Estimulo religioso

Expansão:

- A conquista do Oriente Próximo foi conduzida por Omar, segundo califa da dinastia Haxemita.
- Com a morte de Ali, parente de Maomé, termina a dinastia Haxemita e começa a Omisda, que conduz a conquista para o Ocidente, até o sul da Itália.
- A conquista do Mediterrâneo pelos muçulmanos isolou a Europa, rompeu o contato entre Oriente e Ocidente.
- Como resultado, o comercio desapareceu e as cidades também, acentuando-se a tendência da Europa para a ruralizacao.

A expansão do Ocidente começou no século IX e continuou até o século XV:
Fatores:

- Crise do sistema feudal, marginalização social, belicosidade, centralização do poder político, espiritualidade profunda e fatores imediatos, como o empecilho à peregrinação aos lugares santos.
- Fora da Europa, a fraqueza política do Islã muito favoreceu a expansão do Ocidente, isto é, o desmembramento em califados independentes.
- A expansão começou nas Penínsulas Ibéricas e Itálicas, deslocando-se para o Oriente Próximo, por meio das Cruzadas.
- Os cruzados conquistaram pontos estratégicos no Oriente Próximo, durante a primeira Cruzada: o problema seria manter estas posições: Edessa, acre e Jerusalém
- A queda de algumas dessas posições forçou a organização de outras Cruzadas para recuperá-las.
- A quarta Cruzada, que tinha Jerusalém por meta inicial, desviou-se e acabou saqueando Zara e Constantinopla.
- A falência das expedições ao Oriente Próximo facilitou o trabalho dos muçulmanos, que retomaram Acre, em 1291, o ultimo reduto cristão no Oriente.
- Os contatos entre cristãos e muçulmanos tiveram um caráter amistoso, em muitas oportunidades: houve integração econômica e cultural.
- A expansão européia criou condições para o renascimento do comercio e o desenvolvimento urbano, acentuado, evidente, a crise do sistema feudal.

Cultura Medieval= síntese cultural:

- Ciências e Filosofia: Avicena e Averrois
- Artes: mesquitas, arcos ogivais e cúpulas
- Literatura: base persa – Livro dos reis, Rubayat, Mil e Uma Noites.

Sinopse da Era Vargas e o início do Populismo no Brasil

Era Vargas (1930-1954)

Revolução de 1930

- Impasse na política de valorização do café, repressões da maioria parlamentar situacionista, Revolta da Princesa (assassinato de João Pessoa), desmoralização das disputas eleitorais, aparecimento das oligarquias dissidentes, tenentismo e golpe dos oficiais no Rio (Junta Pacificadora)

Governo Provisório (1930-1934)

- Lei Orgânica: plenos poderes a Getúlio Vargas ( dissolução dos organismos representativos e nomeação do interventores). Revolução Constitucionalista de São Paulo (1932), fracasso militar e sucesso político, constituição de 1934, elementos avançados de legislação social superpostos a dispositivos centralizadores, nacionalização de empresas, restrições à imigração (“perigo amarelo”), nacionalismo, voto secreto e voto classista, eliminação da vice-presidência

Governo Constitucionalista (1934-1937)

Aparecimento dos partidos (AIB=Aliança Integralista Brasileira e ANL= Aliança Nacional Libertadora) e preparação para eleições; levante comunista de 1935 e Plano “Cohen”
Golpe do Estado Novo ( 10/11/1937)

Estado Novo (1937-1945)

- Centralização excessiva do poder e indefinição ideológica ( proibição dos partidos políticos e 02/12/1937)
- Burocratização (DASP) e controle ideológico (DIP)
- Legislação paternalista trabalhista ( Institucionalização sindical)
- Pragmatismo, intervencionismo e nacionalismo econômico.
- Investimentos estatais na siderurgia e petróleo
- Relações exteriores: Hesitação entre neutralidade e participação na GM, 1942 declaração de guerra ao Eixo

Redemocratização

Manifesto dos mineiros, populismo de Vargas, formação e ação dos partidos (UDN, PSD, PCB, PRP), “Queremismo” e golpe em 29 de outubro de 1945
Vitoria de Dutra nas eleições: conservadorismo, estradas, energia elétrica, Plano Salte, importações, inflação e constituição (federação, representatividade, republicanismo, presidencialismo e liberalismo)

Governo de Getulio Vargas (1951-1954)
- Inflação, Petrobras, expansão de Volta Redonda e corrupção (Oposição e criticas de Carlos Lacerda)
- Incidente da Rua Toneleros ( Morte do Major Vaz), pressões e suicídio de Getulio Vargas
- O Brasil sem Vargas: João Café Filho, vice-presidente assumiu a presidência no lugar de Getulio, afastando-se pouco depois, por motivos de saúde; Carlos Luz, presidente da Câmara dos Deputados, foi declarado impedido de governar após o “golpe branco” do Marechal LOTT Nereu Ramos, que governou até a posse do Presidente eleito Juscelino Kubitschek

Governo de JK (1956-1960)

- Tomou posse sob proteção do exercito. O novo presidente procurou concretizar seu “Plano de Metas”, voltado para o desenvolvimento econômico nacional: energia, alimentação, transporte, indústria de base, educação e construção da nova capital federal, Brasília. O Plano ou Programa de metas foi instrumento do governo utilizado para estimular e coordenar a iniciativa do empresariado nacional e atrair o capital estrangeiro. Com este objetivo, JK criou a SUDENE, O GEIA e o GEICON. Contudo, o governo JK polarizou suas realizações em torno da indústria automobilística e da construção de Brasília.
Porém, a política econômica de JK internacionalizou nossa economia, atrelando-se ao capital multinacional, além de gerar violenta inflação, pondo em xeque o próprio estado populista.




Sinopse da República Velha no Brasil

República Velha (1889-1930)

a)Antecedentes: Guerra dos Mascates; Conjuração Mineira; Revolução Pernambucana de 1817; Confederação do Equador; Guerra dos farrapos; Sabinada e Praieira
b) Fatores: Questão Militar; Abolição; Questão Religiosa; Guerra do Paraguai; Expansão do Café ( Oeste Paulista); III Reinado potencial; Parlamentarismo às avessas do II Reinado; Gabinete de Ouro Preto; manifesto Republicano de 1870
c) Proclamação: 15 de novembro de 1889

Organização do Governo Provisório

- Atos do Governo Provisório: Abolição dos organismos imperiais; banimento da família imperial, grande naturalização, separação entre igreja e Estado, reforma bancaria e “Encilhamento”
- Problemas do Governo Provisório: Inexperiência, apadrinhamentos, heterogeneidade de interesses, “encilhamento”, levantes militares, demissões ministeriais (responsabilidade coletiva)
- Constituição de 1891: federalismo, presidencialismo, republicanismo

“República da Espada” (1889-1894)

- Governo de Deodoro: Choques entre presidente e ministério, fechamento do Congresso, pressões e renuncia.
- Governo Floriano (Marechal de Ferro): discussões sobre constitucionalidade de Floriano na presidência, revoltas federalistas (RS) e da Armada(RJ) de 1893.

“República das Oligarquias”

- Governos Presidenciais:
Prudente de Morais (1894-1898)
Campos Sales (1898-1902)
Rodrigues Alves (1902-1906)
Afonso Pena (1906-1909)
Nilo Peçanha (1909-1910)
Hermes da Fonseca (1910- 1914)
Venceslau Brás (1914-1918)
Delfim Moreira (1918- 1919)
Epitácio Pessoa (1919-1922)
Artur Bernardes (1922-1926)
Washington Luis (1926-1930)

Características Gerais:
a) Economia: país agrário-exportador: café, alternância entre a ortodoxia ( busca do equilíbrio orçamentário e cambial) e Livre-Cambismo (Protecionismo), Política da valorização do café (Convenio de Taubaté), Imperialismo Britânico ( até 1914) e norte americano ( a partir da Primeira Guerra Mundial)

b) Política: Oligarquias latifundiárias adaptam o regime a seus interesses, coronelismo, ação de Pinheiro Machado, tentativas de neutralização do pinheirismo (Afonso Pena, salvações e Venceslau Brás), Domínio da política pelo PRP e PRM, aparecimento do “tenentismo” (década de 1920), eliminação do florianismo, desgaste dos militares e domínio da política do “café-com-leite”

c) Sociedade: Estratificação social determinada pela propriedade fundiária, inexpressividade das camadas médias e dos industriais ( comprometidos com oligarquias cafeiculturas), imigração ( variação do comportamento econômico-social pela capitação e aspirações), esvaziamento do movimento obreiro anarquismo e posterior paternalismo legalista, marginalização do proletariado e trabalhadores rurais, aparecimento da pequena burguesia ligada às atividades especulativas e financeiras.

d) Cultura: Importação de padrões estrangeiros (britânicos, franceses e norte–americano),  intelectuais no intimismo” à sombra do poder ( pseudoliberdade no romantismo, naturalismo e parnasianismo: alienação analítica com relação aos problemas brasileiros, contemporâneos e busca ou refúgio na forma ou em temas passados, vazios de conteúdo social), como conseqüência da “via prussiana”adotada na solução dos problemas nacionais ( “pelo alto”)  






Sinopse da Monarquia Brasileira ( Consolidação, Apogeu e Queda do Império Brasileiro)

A Crise Regencial

- O Avanço como o Código do Processo criminal e com a Reforma da Constituição, por meio do Ato Adicional de 12 de agosto de 1834.
- As Regências Trina Provisória, Trina Permanente e as lutas político-partidárias entre moderados, exaltados e restauradores.
- O aguçamento  da crise regencial nos governos de Feijó e Araujo Lima.
- Rebeliões regenciais e a ameaça de fragmentação política e territorial em função do caráter autonomista dos movimentos e da conotação social da Cabanagem, da Balaiada e Revolta dos Malês.
- Formação dos Partidos Liberal e Conservador, prevalecendo o regresso ao centralismo.
- O Golpe da Maioridade.

O Segundo Reinado

- Pacificação interna com Caxias.
- Consolidação do centralismo político-administrativo.
Conciliação entre o Moderador e partidos políticos, por meio do parlamentarismo (“as avessas”).

Estrutura do poder no Segundo Reinado

Constituição de 1824 ( + emenda) = Ato Adicional

“Parlamentarismo às avessas”
a)      Cargo de presidente do Conselho de Ministros (1847)
b)      Limites:
- Caráter elitista da representabilidade.
- Poder Moderador
- Chefe de gabinete: mediação.

Partidos Políticos

- Descaracterização ideológica
- Rodízio dos partidos: Liberal e Conservador
- Gabinetes de coalizão

Desmascaramento do Parlamentarismo

- Queda do ministério Liberal Zacarias=Caxias (1868)
- Crise do sistema Ministerial

Surgimento da Propaganda Republicana

- Manifesto Republicano de 1870 = dissidência latifundiária


Transformações econômicas e sociais da segunda metade do século XIX

Expansão do Café no Oeste Paulista

- Surgimento da aristocracia cafeicultora.
- Camadas médias da população
- Maior utilização do trabalho assalariado = imigrante
- Mercado interno: urbanização
- Desenvolvimento dos transportes = ferrovias

Crise Financeira (Década de 60):

- Euforia especulativa = Mauá

Gastos do Governo Imperial:

- Guerra do Paraguai

Crise da Monarquia Imperial

Abolição da Escravatura:

- Problema da mão-de-obra em aberto: suspensão do tráfico ( Inglaterra).
- Campanha abolicionista: contemporização
- Abolição Legal – Lei Áurea (13/05/1888)
* Gabinete João Alfredo
- Queda do vinculo entre a aristocracia rural
- Grupos agrários tradicionais contra o Império
Marginalização do negro liberto.

Questão Religiosa:

- Submissão da igreja ao Estado – Padroado e Beneplácito
- Encíclica Syllabus ( 1864) – proibição de católicos na maçonaria
- Interdição de irmandades: questão epíscopo-maçônico (prisão de bispo)

Questão Militar:

- Fatores: ausência do Exercito na política; paisanismo do imperador; homens de farda X homens de casaca; ideal de salvação nacional; positivismo
- Guerra do Paraguai: consolidação da corporação militar
- Questões: Sena Madureira, Cunha Matos e Manifesto de Deodoro.

A Proclamação da República

Antecedentes:
- Guerra dos Mascates (1710)
- Conjuração Mineira (1789) e Baiana ( 1798)
- Revolução Pernambucana (1817)
- Movimento de Independência: maçonaria
- Confederação do Equador ( 1824)
- Guerra dos Farrapos (1835-1845)
- Sabinada ( 1837)
- Praieira (1848)

Fatores:
- Predomínio das novas regiões cafeeiras na economia
- Empresários do café: o governo no atendimento de seus interesses.
- Ideal de federação: republicanos ( república federativa)
- Receio do III Reinado ( Conde D’Eu)
- Repercussão da queda de Napoleão III
- Desprestigio da Monarquia: questões religiosas, militar e abolição sem indenização

Processo:
a) Movimento Republicano ( 1870):
 - Clube republicano
- “A República”
- Partido Republicano

b) Grupos Republicanos:
- Históricos ( evolucionistas): Quintino Bocaiúva
- Revolucionários ( jardinistas):  Silva Jardim
- Jovens Oficiais ( positivismo) Benjamim Constant
- Republicanos de 13 de Maio.

c) O Gabinete de Ouro Preto:
- Reforma e tentativa de salvação da monarquia
- incompatibilidade com o governo
- inabilidade política de Ouro Preto
- Exacerbação de republicanismo

d) O golpe de 15 de novembro:
- Desmoralização do governo pela campanha
- Proclamação: 20/11/1889
- Antecipação: Boatos de Sólon Ribeiro
- 15/11/11889: hesitação de Deodoro ( Monarquista)
- Precipitação da proclamação: civis

Conclusão:
- Não ruptura do processo histórico brasileiro.
- Economia dependente: setor agro-exportador
- Grupos dominantes: setores agrários
- Modernização institucional
- Passagem de um Estado centralizado para a Federação
- Substituição do Império parlamentarista para o presidencialismo Republicano









A Organização do Estado Nacional Brasileiro (Primeiro Reinado)

A Guerra da Independência

A resistência lusa ao Império
O reconhecimento da Independência
- Estados Unidos da America do Norte: Reação a Santa Aliança e Doutrina Monroe 1823
- Portugal: Influência britânica, indenização de 2.000.000 de libras e que D. João VI fosse Imperador Honorário do Brasil.
- Inglaterra: renovação dos Tratados de 1810 ( 15 anos)

Política Interna

A Assembléia Constituinte:

- Choque: constituintes e imperador (absolutismo)
- Os Andradas na oposição: Plenário e imprensa ( O Tamoio e A Sentinela)
- Lutas entre brasileiros e portugueses: reação da Assembléia
- Noite da Agonia 11/11/1823: Sessão permanente/cerco da Assembléia – dissolução da Assembléia.

A Constituição da Mandioca:
Características: Anteprojeto – Antônio Carlos: limitação dos Poderes do imperador.
Caráter classista (voto censitário)
Influência do Iluminismo – Rousseau, Montesquieu.
Xenofobismo

A Constituição de 1824

- Carta Magna outorgada ( 25/03/1824): autoritária/ tendência liberais
- Elaboração: Conselho de Estado
- Unitária e centralizada
- Quatro poderes: poder moderador
- Eleições censitárias e indiretas
- Igreja: subordinada ao Estado

Confederação do Equador

- Características: antilusitanismo, republicanismo e separatismo.
- Absolutismo do imperador: nomeação de Paes Barreto para presidência da província.
- Proclamação da República: Paes de Andrade
- Adesão do Ceará, Rio Grande do Norte, e Paraíba ( Confederação do Equador)
- Adoção da Constituição da Colômbia

Política Externa

Missão Santo Amaro
- Solução da sucessão dinástica portuguesa
- Consolidação interna dos países da America Latina (Santa Aliança)

Guerra da Cisplatina

- Lavalleja e Rivera: Caudilhos
- Intervenção da Inglaterra: Uruguai 1828

Abdicação

Fatores:
- Absolutismo do imperador
- Nativismo dos brasileiros: antilusitanismo
- Ameaça recolonizadora
- Queda de Carlos X da França.
- Política desastrosa de D. Pedro

Processo:
- Assassinato de Líbero Badaró 1830
- Noite das Garrafadas 12/03/1831
- Ministério dos Marqueses: 14/04/1831
- Abdicação: 07/04/1831: Jornada dos Logrados.

Resultados:
- Consolidação da Independência
- Ascensão do partido brasileiro, dividido em moderados e exaltados
- Jornada dos enganados para o povo.
  

Sinopse da Estrutura de Colonização e o Antigo Regime

As bases do Antigo Regime

- A origem da riqueza é a circulação das mercadorias, por meio da obtenção  dos monopólios da compra e venda.
- As amarras econômicas completavam-se no Pacto colonial, por meio do regime de monopólio e portos fechados.
-A nacionalização da economia proporcionou a união da monarquia e da burguesia.
- O sistema colonial é formado pelo conjunto de colônias ( periferia) e do núcleo( metrópole), completando-se por meio das articulações do capitalismo comercial.
-Várias fórmulas mercantilistas foram observadas na Europa: mercantilismo, Metalismo, Bulionismo, Colbertismo, Cameralismo e Comercialismo.

A organização político administrativa das colônias americanas

Espanha

Descoberta de jazidas de ouro no México e no Peru. Verdadeira revolução dos preços na Europa. Estrutura administrativa para a formação de colônias de exploração baseadas nos núcleos mineradores.

Portugal

Desenvolvimento das “Plantations” de cana-de-açúcar; latifúndios voltados para o mercado externo, Brasil, colônia de exploração e enriquecimento dos lusos. Maquina administrativa voltada para arrancar maiores lucros possíveis.

Inglaterra

Formação de colônias de exploração no sul dos Estados Unidos; latifúndio agroexportador. Formação de colônias de povoamento no Nordeste dos Estados Unidos, devido a perseguições político-religiosas na Europa.

Economia Colonial

Economia integrada no sistema capitalista em sua área periférica e fornecedora de produtos tropicais.
Características: complementar, especializada, extrovertida e dependente
Sistema de produção – base: grande propriedade, trabalho escravo e monocultura ( plantation)

Pau-Brasil

- Monopólio da Coroa
- Exploração ( arrendamento no início, mão-de-obra indígena livre e escambo em feitorias)
- Não provocou o povoamento

Cana-de-açúcar

- Fatores do êxito:

Técnicas de produção já conhecida
Condições naturais favoráveis
Possibilidade de obtenção de escravos
Aplicação de capitais flamengos (holandeses)
Mercado em expansão: distribuição pelos flamengos

- Características Gerais: grande propriedade, grande capital inicial, monocultura e produtividade baixa
- Unidade de produção: o engenho
- Decadência:
A queda dos preços (Concorrência antilhana)
Aumento dos custos de produção

Mineração

- Controle de exploração: a Intendência das Minas
- Tributação: imposto do quinto – Casas de Fundição
- Diamantes: monopólio da Coroa – Distrito Diamantino
- Conseqüências: grande imigração, urbanização, maior mobilidade social, desenvolvimento cultural, êxito democrático e econômico deslocado para o interior

Pecuária

Características: Grande propriedade, pequeno investimento de capital, dependência do setor exportador ( só o couro era exportado), técnica rudimentar e pequeno povoamento)
Regiões de Criação: Sertão do São Francisco e do Nordeste – sul de Minas Gerais – Rio Grande do Sul.

Indústria

- Principal: Engenho
Artesanato: fundições
Tecelagens: tecidos grosseiros ( tecidos finos proibidos pelo Alvará de 1785)

Comércio

- Regime: “exclusivo” Monopólio da Coroa e dos Mercadores de Portugal
 - Companhias de Comércio : Cia. Geral de Comércio do Brasil – 1649; Cia. de Comercio do estado do Maranhão – 1682; Cia. Geral de Comércio do Grão-Pará e Maranhão – 1755; Cia Geral do Comércio de Pernambuco e Paraíba – 1759.

Renascimento Agrícola

- Fatores: aumento da população, expansão econômica ligada `a Revolução Industrial, problemas sociais em áreas coloniais concorrentes e guerras napoleônicas.
- Participação de regiões agrícolas velhas e novas.

Administração Colonial

- Criação do Regime de Capitanias Hereditárias com o objetivo de efetivar a colonização do litoral brasileiro, por meio da iniciativa privada dos donatários e dos sesmeiros ( latifundiários)
- Instituição do Governo-Geral em 1549 por D. João III visando à centralização político-administrativa da colônia; Tomé de Souza encontrou resistência de Duarte Coelho, em virtude das restrições impostas pelo Regimento do Governo-Geral.
- Organização das Câmaras Municipais, com seus vereadores, eleitos pelos homens-bons que elaboraram as leis para as vilas e povoações.
- A preocupação da metrópole portuguesa de fundar e organizar os municípios insere-se no quadro das necessidades de povoamento de defesa da terra, de sua exploração e sobretudo, das necessidades de tributação e arrecadação fazendária. A imensidão do território, gerando um isolamento natural, deu bastante autonomia às povoações, vilas e cidades, dando origem aos embates entre localismo e centralismo político.

Sociedade Colonial

- A população do Brasil colônia era o resultado de varias raças. Brancos, negros e indígenas reuniram-se para atender às necessidades da colonização  mercantilista.
 - Na montagem da colonização, os brancos formaram a classe dominante por excelência, enquanto negros e índios, arrebanhados à forca, foram incorporados como elementos dominados pelo colonizador, para produzir gêneros tropicais, explorar as minas de ouro e coletar drogas do sertão, além do pau-brasil.
- O resultado foi o surgimento de uma sociedade aristocrática, elitizada, bastante estratificada, polarizando senhores e escravos.
- Enquanto o poder dos senhores era simbolizado pela Casa Grande, os escravos viviam na senzala





  




O tempo

O tempo
O tempo marca a experiência do homem